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Resultados da pesquisa

4/28/2013

Tipo de carneÁguaProteínaGorduraMineraisConteúdo energético
Suína75,1 g22,8 g1,2 g1,0 g112 Kcal
Bovina75,022,31,81,2116 Kcal
de vitelo76,421,30,81,298 Kcal
de cervo75,721,41,31,2103 Kcal
de frango (peito)75,022,80,91,2105 Kcal
de frango (coxa)74,720,63,1---116 Kcal
de peru (peito)73,724,11,0----112 Kcal
de peru (coxa)74,720,53,6---120 Kcal
pato73,818,36,0---132 Kcal
ganso68,322,87,1---161 Kcal
Gordura de suíno7,72,988,70,7812 Kcal
Gordura de Bovino4,01,594,00,1854 Kcal

As carnes cozidas ou assadas perdem água durante a cozedura. Portanto, o teor dos outros componentes aumenta. Uma comparação entre a composição da carne magra preparada com outros alimentos mostra que a carne é um alimento rico em proteínas. Por outro lado, é relativamente pobre em carboidratos e em gordura3 .
Composição química (g/100g) e conteúdo energético(Kcal/100g) médio de alguns alimentos preparados3
AlimentoÁguaProteínaGorduraConteúdo energético
Carne bovina magra assada58,430,49,2213 Kcal
Ovo cozido74,612,111,2158 Kcal
Feijão471,023,55,0108,7 Kcal
Pão de centeio38,56,41,0239 Kcal
Leite de soja 5 ?3,4 g2,352 Kcal

[editar]Histórico do consumo de carne por seres humanos

Há diversas teorias sobre o início do consumo de carne por hominídios. A chamada "teoria da savana", por exemplo, afirma que os primeiros australopitecos comiam tanta carne quanto os atuaischimpanzés 6 .
O consumo de carne pelos seres humanos, que se acredita que tenha sido iniciado entre 1 milhão e 500 mil anos atrás, trouxe uma grande vantagem em relação às dietas vegetarianas da época: uma dieta rica em gorduraproteínas e ferro, sendo estes dois últimos facilmente metabolizados quando vindos de origem animal.
Alguns cientistas defendem a idéia de que a passagem de vegetariano para onívoro e aumento da ingestão de carne produziu um processo lento, porém seguro de encefalização (aumento docérebro humano) e encurtamento do intestino. Isto porque as proteínas e ácidos graxos ajudariam a sustentar um órgão que necessita de grande energia como o cérebro. O aumento do consumo de carne teria servido também para reduzir o tempo de alimentação, que passou das 10 a 16 horas dos vegetarianos, para três a cinco horas nos primatas onívoros7 . Os mesmos autores ressaltam que a inclusão de carne na dieta humana ocorreu "para sobreviver a épocas de penúria, o que se tornou um transtorno nos dias atuais,aumentando a incidência de doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes." 8
Com o desenvolvimento da agricultura a partir do neolítico, os seres humanos foram paulatinamente obtendo outras possibilidades de alimentos ricos em proteínas, mas de origem vegetal, como os feijões e leguminosas.

[editar]Consumo de carne pelo ser humano

[editar]Benefícios

Não há alimento completo em termos nutricionais. Por esse motivo, a dieta pode ser composta de alimentos pertencentes a vários grupos (carnes, leite e derivados, frutas, vegetais e cereais). O Conselho Regional de Nutrição (CRN 3ª Região) reconhece que "as dietas vegetarianas, quando atendem às necessidades nutricionais individuais, podem promover o crescimento, desenvolvimento e manutenção adequados e podem ser adotadas em qualquer ciclo de vida." e que "Qualquer dieta mal planejada, vegetariana ou onívora, pode ser prejudicial à saúde, levando a deficiências nutricionais."9 .
Com relação ao grupo das carnes, a carne bovina magra, a carne branca das aves (sem pele) e o lombo suíno são fontes importantes de proteínas. Por isso, devem fazer parte (mas não serem a única fonte nutricional) de uma dieta equilibrada. Os teores de colesterol e gordura destes três tipos de carnes são semelhantes10 .
Todo tecido muscular é rico em proteínas, contendo aminoácidos essenciais, e na maioria dos casos, é uma boa fonte de zincovitamina B12, selênio, fósforo, Vitamina B3Vitamina B6, ferro eVitamina B2. Apesar dos seus benefícios, a carne tende a ter níveis altos de gordura, especialmente na carne vermelha gorda e peixes gordurosos (e.g.: salmão, atum). A gordura da carne, porém, pode variar de acordo com à espécie ou raça do animal; a forma como ele foi criado, incluindo como ele foi alimentado; a parte anatômica de seu corpo. Porém a carne vermelha é uma das fontes de aminoácido essencial indispensáveis ao desenvolvimento do ser humano11

[editar]Malefícios

A relação entre o consumo de exagerado carne e a ocorrência de cancro em seres humanos foi verificada por diversos estudos científicos. Diferentes resultados foram encontrados para diferentes tipos de câncer.
Estudo realizado pela Open University, publicado numa edição do início de 2006 da revista científica Cancer Research, mostra que uma dieta rica em carne vermelha tem mais chances de causar câncer porque o alimento danificaria o DNA, sendo que Estudos anteriores haviam estabelecido a ligação entre o câncer de intestino e a ingestão de grandes quantidades de carne vermelha.12 13
Estudo meramente descritivo (que buscou documentar, mas não descobrir as causas) feito com 61.566 britânicos mostrou que há diferenças significativas de incidência de câncer entre pessoas que comem carne, comem apenas peixe ou são vegetarianas14 .
Estudo com 121,342 pessoas por 28 anos pela Universidade de Harvard, produziu provas cientificas que o consumo de carne vermelha aumenta em até 20% o risco de morte prematura, aumenta os riscos de enfermidades cardíacas e câncer.15 .

[editar]Câncer de mama

A epidemiologista Janet Cade, da universidade britânica de Leeds, mostrou em outro estudo que o consumo de carne vermelha pode aumentar significativamente o risco de câncer de mama em mulheres que já passaram da menopausa16 17 .

[editar]Câncer de pâncreas

Segundo estudo publicado no British Journal of Cancer, em janeiro de 2012, o consumo de grande quantidade de carne processada pode aumentar o risco de câncer de pâncreas. A pesquisa foi desenvolvida pela Fundação Sueca do Câncer e pelo Instituto Karolinska, na Suécia, e concluiu que ingerir todos os dias uma quantidade do alimento equivalente a apenas uma salsicha ou duas fatias de bacon já é suficiente para aumentar as chances da doença.18

[editar]Câncer de intestino e/ou reto

Um estudo realizado na Universidade da Carolina do Norte sugere que o consumo elevado de carne (mais de 600 gramas por dia), principalmente carne vermelha, aumenta risco de câncer de cólon, mas salienta que mais estudos a respeito são necessários para aumentar a certeza acerca do resultado 19 20 . O jornal I-M Health Newsletter, citando pesquisas feitas nos EUA também alerta para a relação entre câncer de cólon e o consumo excessivo de carne vermelha (mais de 85 gramas por dia)21 .

[editar]Diabetes

Em artigo publicado na Scientific American provou-se em um grande estudo que a ingestão de carne vermelha ou processada aumenta incrivelmente a chance de adquirir diabetes do tipo 2.22

[editar]Outros

Outro estudo, da South Bank University London 23 , sugere exatamente o contrário: não há evidência suficiente para afirmar que o consumo de carne leva ao câncer de cólon. Há, sim, evidência de um maior consumo de frutas e verduras diminui o risco de câncer de cólon, e que muitos estudos sobre o câncer de cólon são feitos nos EUA, país com baixo consumo de frutas e verduras - daí os resultados apontando a carne como vilã.
A Oxford University publicou estudos em conjunto com a OMS (organização Mundial da Saude) comprovando que carnes preservadas (diversas) e carne vermelha aumentam significativamente o risco de câncer coloretal.24

[editar]Carne vermelha e carne branca

A carne vermelha é mais escura, em contraste com a branca. A definição exata varia, mas a carne de mamíferos adultos, como de bois, carneiros e cavalos é invariavelmente considerada "vermelha", enquanto a de frangos e coelhos é invariavelmente considerada "branca". A carne de porco é considerada "vermelha", apesar de ser frequentemente referenciada como "mista" ou "branca" pelo culto popular.
A diferença de cor deve-se à concentração de mioglobina, que é mais presente em carnes vermelhas. Quando a mioglobina é exposta ao oxigênio, forma-se a oximioglobina, que é avermelhada.

[editar]Ética em relação ao consumo de carne

Há várias objeções em relação ao consumo de carne que levam algumas pessoas a não a comerem. Por exemplo, a aversão a matar animais ou causar dor, ética ambiental, direitos dos animais e doutrinas religiosas. O Jainismo sempre se opôs ao consumo de carne, e há muitas escolas do budismo e hinduismo que condenam o hábito de comer carne. Algumas religiões proíbem o consumo de carnes específicas, como porcos e vacas. Há pessoas que não comem carne de certos animais simplesmente por tabu, como gatos, cachorros, cavalos ou coelhos. Há os que comem apenas carne de animais que acreditam que não foram maltratados, e se abstém de carnes de animais confinados ou de produtos particulares como foie gras e vitelo.

[editar]Carne in vitro

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